Unidades de saúde estaduais preparam atividades para aumentar a conscientização em lembrança ao 13 de setembro, Dia Mundial da Sepse.
Cuidados envolvem rotinas de saúde diárias, como manter um estilo de vida saudável, higienizando regularmente as mãos e mantendo as vacinas em dia
Infecções generalizadas que podem levar à sepse não ocorrem apenas em hospitais. Um dente inflamado, por exemplo, pode levar a essa condição de saúde complexa e potencialmente fatal. Com essa preocupação, o Governo de Goiás aproveita o 13 de setembro, Dia Mundial da Sepse, para alertar a população em geral sobre o tema, que envolve rotinas de saúde diárias, como manter um estilo de vida saudável, higienizando regularmente as mãos e mantendo as vacinas em dia. Evitar a automedicação, sobretudo com antibióticos, e buscar ajuda médica ao perceber sintomas de infecção também são fundamentais para reduzir o risco.
Unidades de saúde do Governo de Goiás, como o Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), programam uma série de atividades para aumentar a conscientização sobre a septicemia, como também é conhecida a doença, que ocorre devido a uma resposta inflamatória desregulada do corpo, levando a um estado em que o sistema circulatório não consegue suprir adequadamente as demandas de oxigênio e nutrientes dos órgãos. No Brasil, a incidência de casos é preocupante. Dados mais recentes do Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas) mostram 430 mil casos registrados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e uma taxa de letalidade de 55%, com 230 mil óbitos.
“É essencial que as pessoas saibam o que é a sepse, como identificá-la e como tratá-la. Se o conhecimento sobre os sintomas for disseminado, podemos mudar o curso de casos em que as mortes seriam evitáveis”, afirma a médica infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do HDT, Marina Roriz, ao enfatizar a importância da divulgação do tema para o público em geral.
A infectologista ainda reforça a importância das constantes capacitações do HDT para que os profissionais de saúde reconheçam os sinais da doença. “A intenção é instruir a equipe para que identifique o mais rápido possível os sinais de sepse, com atenção aos critérios cruciais de suspeita ou confirmação de infecção e, pelo menos, uma disfunção orgânica – respiratória, cardiovascular, neurológica ou de diurese. O reconhecimento precoce pode evitar complicações e salvar vidas”, explica.
A sepse começa com sintomas leves, mas que se agravam à medida que a condição progride. Alguns dos primeiros sintomas incluem febre alta ou hipotermia, calafrios, respiração acelerada ou dificuldade para respirar, aumento da frequência cardíaca e agitação. Os sinais evoluem para queda da pressão arterial, desorientação mental e diminuição da função do coração. O tratamento começa com a administração imediata de antibióticos para tratar a infecção primária, seguida por outros procedimentos médicos.
Fonte: https://www.saude.go.gov.br