Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue do Estado de Goiás
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Produtos irregulares: Anvisa veta anéis que prometiam medir glicose

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda e o uso de anéis comercializados como capazes de medir glicose sem a necessidade de coleta de sangue. A decisão, publicada nesta terça-feira (2/9), também se estende à fabricação, importação e divulgação desses dispositivos.

Entre os itens identificados pela agência estão os modelos “Anel para Acupressão Glucomax”, “Glicomax” e “Glucomax Pro”, todos ofertados em redes sociais e sites de comércio eletrônico por até R$ 170. Nenhum deles possui registro sanitário, condição obrigatória para que equipamentos de saúde possam ser utilizados no Brasil.

Riscos à saúde
Segundo especialistas, medições confiáveis de glicemia só podem ser realizadas por aparelhos autorizados, que funcionam a partir de amostras de sangue. O uso de produtos sem validação representa um risco elevado, já que resultados incorretos podem comprometer o tratamento de pessoas com diabetes e levar a situações críticas.

Os anúncios analisados pela Anvisa alegavam que os anéis, equipados com ímãs, poderiam avaliar não apenas a glicose no sangue, mas também a oxigenação, a frequência cardíaca e até realizar drenagem linfática. A agência destacou ainda que, em alguns casos, celebridades eram associadas de forma enganosa às campanhas publicitárias desses dispositivos.

Repercussão internacional
O posicionamento da Anvisa está alinhado à Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, que já havia emitido alerta semelhante em fevereiro de 2024. A FDA informou que não autorizou nenhum tipo de anel ou relógio inteligente para medição de glicose e destacou os riscos graves de erros de dosagem de medicamentos em pacientes com diabetes.

Como agir
A população é orientada a não adquirir tais produtos e denunciar a sua venda à Anvisa, por meio da Ouvidoria ou do telefone 0800 642 9782. A recomendação visa coibir a disseminação de equipamentos que exploram a vulnerabilidade de pacientes e oferecem uma falsa sensação de monitoramento confiável.

A agência reforça que apenas dispositivos com registro oficial passam por avaliações criteriosas de segurança, desempenho e eficácia, assegurando resultados adequados e proteção à saúde dos usuários.


Fonte: Metrópoles

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