A vereadora Kátia Maria (PT) presidiu audiência pública, na tarde desta terça-feira (21), na Câmara de Goiânia, para discutir a “grave situação”, como ela classificou, do Instituto Municipal de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). Segundo a parlamentar, há várias reclamações dos usuários quanto à dificuldade no agendamento de consultas, exames e cirurgias. “Os usuários pagam para usar o Imas com dinheiro descontado mensalmente do contracheque, portanto, eles têm o direito de ser atendidos sempre que acionarem o plano de saúde”, disse ela.
A audiência contou com participação de representantes de prestadores de serviços, sindicatos, além de servidores da Prefeitura que pagam pelo plano de saúde. Convidado para o debate, o presidente do Imas, Marcelo Marques Teixeira, não compareceu nem enviou representante. Segundo Kátia, ele alegou que assumiu a presidência recentemente e que, por isso, não poderia estar presente.
A presidente da Federação dos Hospitais de Goiás, Christiane do Valle, cobrou conclusão da auditoria para cálculo da dívida total do Imas com prestadores de serviços. A auditoria teve início, no ano passado, após acordo com o Ministério Público e iniciado cronograma de pagamentos mensais em ordem cronológica. Pela prévia da auditoria, a presidente estima a dívida total do instituto em torno de R$ 170 milhões.
Bruna Guimarães Isecke, representando o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde-GO), defendeu reestruturação do Imas. Entre as mudanças, o instituto, por ser uma autarquia, deveria gerir os próprios recursos, recebendo diretamente o que é descontado dos servidores. Hoje, a Secretaria Municipal de Finanças recebe o dinheiro e repassa ao Imas. Outra crítica se deu quanto à falta de repasse da parte patronal – responsabilidade da Prefeitura – ao instituto, e quanto à falta de pagamento de débitos que outras secretarias têm com o Imas. “Todo mês o Imas gera um débito de R$ 6 a 7 milhões. Como ex-membro do Conselho Fiscal do Imas, vi todas essas questões nas planilhas de contas”, afirmou.
Fonte: Câmara Municipal de Goiânia